Barack your world

8 12 2008

Mais uma vez uma parcela do eleitorado americano foi às urnas. Porém, desta vez, estavam à procura de mudança. Após Barack Hussein Obama ser eleito o novo presidente dos Estados Unidos, o mundo parece respirar aliviado. Com a campanha anti-Bush mais do que declarada pela população, o que estava faltando era exatamente a essência de sua campanha: o patriotismo e o que o dinheiro não se pode comprar.

Os africanos torceram pelo Obama arduamente como se fosse copa do mundo, outros povos estrangeiros dissipavam o sentimento de esperança na política mais humanitária. Os artistas faziam músicas para promover os candidatos, muitas delas compostas por livre e espontânea vontade de mudar. Obama conquistou a todos com suas palavras durante comícios e pronunciamentos. Ao contrário de seu concorrente republicano, cuja política era mais conservadora e estava ao lado do atual presidente, expressou o que as pessoas queriam ouvir: tempo de paz, família, ajuda a quem precisa e distribuição de renda.

Críticos criaram teorias a respeito de sua futura política como presidente e a diferença dele no senado de Illinois, assimilaram sua cor de pele com o racismo não declarado do país, da evolução da raça negra, relacionaram com a religião ou o que está escrito na bíblia. Jornalistas confiantes em sua candidatura espalhou pela mídia suas palavras e a fama foi atingida.

Resta-nos esperar para ver o espetáculo começar, assim como a maioria torceu para o democrata entrar no poder americano, que inevitavelmente mexerá com a política e economia de todo o mundo.

Por: Daniele Rodrigues

Baseado na música “Barack Your World” composta por Michael Kenji Shinoda e matérias sobre a torcida do Obama no mundo.





A arte de fazer uma obra de arte

18 10 2008

Tudo sempre é mais difícil se você não tem habilidade para exercer alguma função. O mesmo acontece com a arte. Você tem que ter um conhecimento aprofundado das técnicas artísticas e antes de tudo, testá-las. O conhecimento básico sobre a história da arte, uma matéria do curso de jornalismo, tem que ser ampla e eficaz em razão da ideologia que você quer colocar em sua obra.

Mesmo com poucas aulas dadas e nenhuma prova que me fizesse estudar como deveria, a minha obra de arte para a exposição no fim do mês de Setembro foi considerada boa por mim. Já para o meu professor, que expressou sinais de surpresa com o rosto, deu a nota igual à dos outros. No fim, ele avaliou as obras em geral como nota maior que dez.

Então o que foi que eu pintei? A ideologia demorou aproximadamente duas semanas para ser formada e desenvolvida. No final do prazo, faltando somente uma semana, fiz o segundo quadro de um primeiro rascunho. Achei legal, até que a minha própria idéia me surpreendeu.

O Retrato da cidade de São Paulo foi assim: prédios acima do quadro para representar a hegemonia dos mais ricos e logo abaixo deles, o contraste das favelas do centro, como a do Morumbi. Na frente dessas favelas representei um muro com a arte que já citei aqui, o graffite. Característico das classes média e baixa de cidades grandes, há uma crítica social explícita contra a desigualdade, vista um pouco acima no quadro. É basicamente isso, realista.

A nossa “Semana da Arte Moderna de 2008” foi realmente muito interessante. Há vários quadros que podem ser citados como profissionais, criativos, exóticos. Por fim, tivemos uma semi base da matéria para elas serem concluídas, até por que o resultado foi um dos mais interessantes já vistos.

Por: Daniele Rodrigues
Baseado na semana expositória de obras de arte da matéria história da arte- 2º Semestre de Jornalismo e 6º Semestre de Publicidade e Propaganda- UNIP Campinas





Sempre com as portas abertas

20 09 2008

Uma vez eu li num edital feito pelos alunos da Universidade Estadual de Campinas, a Unicamp, uma crítica intitulada “Upa! 364 dias com as portas fechadas”, que mostra a deficiência do evento anual Unicamp de Portas Abertas, cujo objetivo é de apresentar os cursos de graduação oferecidos pela universidade aos vestibulandos. Afinal, qual seria o motivo da revolta do grupo, se as pessoas podem fazer as pesquisa e descobrirem para que são aptas?

Esta cartilha eu achei perdida no ano passado, numa mesa distante dos alunos em seus respectivos postos de explicações no ginásio poliesportivo da universidade. Cabe à eles, além de estudar numa das melhores universidades, prezarem o ensino que recebem e estímulo à pesquisa. Além disso, o programa que é feito todo ano é novidade dentro das instituições públicas de ensino. A Universidade é a pioneira a estimular a ida dos estudantes para ingressar num dos campus, sendo assim, este é o verdadeiro objetivo do UPA.

Este ano, não vi mais esse tipo de informação correndo pelos estandes do ginásio. Fizemos uma análise das apresentações e os alunos mostraram-se bem interessados no que estavam explicando, observamos também a participação assídua dos alunos. Havia pessoas de perto da cidade até de outro estado brasileiro, vários ônibus fretados e jovens se perdendo dentro do imenso campus de Campinas. A Unicamp sempre foi fantástica…

Em três anos de participação nos UPA’s, percebi que o ensino nunca perde sua credibilidade e mostra um aluno atento e preparado para avançar no mercado, em exemplo os estudantes de Midialogia. Eu e uma amiga fomos à uma palestra sobre fotografia. Além de prestar atenção nas fotos expostas e comparar às que o nosso professor nos ensinara, pudemos perceber que mesmo alguns estando no primeiro ano (e eu também), eles possuem uma carga muito grande de informação, até por isso se tornam professores rapidamente. Eu particularmente gostei muito da explicação dos alunos do curso semelhante ao meu, mas parece que ele não gostou muito quando revelei que eu era estudante de Jornalismo…

Da próxima vez estão convidados para ir comigo participar das análises do UPA comigo. E então, aproveitamos para vislumbrar um punk lindíssimo que faz história e tomar um café (ou comer um X-Salada) na Cantina da Filosofia. Quem sabe no ano que vem que serei corpo discente do IEL, não é?

Os economistas me divertem
Outra parte importante para se mencionar é a participação numa das palestras mais “noiadas” e engraçadas da minha vida. Um estudante de economia da universidade, que por acaso também está fazendo mestrado, explicou com simplicidade e clareza as noções básicas do que é o curso. É claro que eu nunca pensei em fazer isso, mas vendo pelo ângulo que “mercado” são as pessoas e que “pessoas não podem ser deduzidas em números” é até interessante se pensar na possibilidade remota de estudar só um pouco. Entendeu? Então foi aproximadamente assim sua palestra.

Por: Daniele Rodrigues
Baseado no passeio pela Unicamp no evento UPA, em 13/09/08.





Ruas sem arte

23 07 2008

São Paulo está passando por uma das mais graves crises artísticas da época, um dos resultados da lei que proíbe o uso de materiais publicitários e outdoors pelas ruas e avenidas da cidade. A população vive agora entre as paisagens mais cinza da metrópole e com menos recursos visuais. O que se pensou que era inevitável e indispensável para a população de cidades grandes, como São Paulo, as imagens foram retiradas de quase todos os principais locais movimentados.

O que será dos publicitários na maior cidade do país? Simplesmente irão promover propagandas e projetos dos produtos para impressos pagos, sem que a população nem ao menos saiba o que está disponível para ele. Lojas e qualquer estabelecimento comercial são confundidos por uma população sem informação, mídia censurada, comunismo à vista.

A arte entra como manifestação pública para a população ver mais cores, menos foligens de veículos, menos céu sem cor. Há artistas fazendo artes nos túneis e aproveitando a poluição para produzir arte. Mas quando este não é aceito, há outras formas de vê-las nas ruas, conhecido como o graffiti.

O graffiteiro ou pichador, atua em muros e pode levar a arte ao local. Nem todos esses artistas de subúrbio faz parte de gangs, como qualquer manifestante, protesta para uma vida melhor, expõe suas idéias e o mal da sociedade. Esses movimentos tiveram início nos Estados Unidos como forma de reivindicar e mostrar que os negros suburbanos tem seu espaço, sua cultura e sua forma de vida.

São de artistas assim que as metrópoles precisam, uma vez que há algo maior agindo para a desculturalização das pessoas.

 

Por: Daniele Rodrigues
Baseado no vídeo do Youtube da entrevista dos alunos da FAAP no movimento artístico em São Paulo.